Empresas e indivíduos que exploram esse tipo de golpe prometem ganhos elevados em curto prazo, bem acima de investimentos tradicionais. Geralmente as carteiras de “investimento” incluem criptoativos e até milhas aéreas. O investidor no topo da pirâmide é o primeiro a vender um bem ou um serviço para um número limitado de pessoas, que recebem incentivos a introduzir outras pessoas na pirâmide, formando assim um próximo nível abaixo e assim sucessivamente.
O operador do esquema recebe os aportes financeiros e não faz qualquer investimento, ou se o faz, é em níveis mínimos, apenas para manter a fachada. Para passar sensação de segurança aos investidores e uma imagem de solidez, começa a pagar os investidores mais antigos, cumprindo as promessas de rentabilidade. O retorno, contudo, não decorre da prometida valorização dos ativos, mas da captura de recursos de novos investidores, na base da pirâmide.
Em determinado momento, porém, o retorno para qualquer investidor é interrompido, e todo o dinheiro “investido” é perdido em favor do operador do esquema, que nesse momento já fugiu e não pode mais ser encontrado em lugar algum.
Como se prevenir
É possível identificar um esquema de pirâmide se as seguintes características estiverem presentes, isoladamente ou em conjunto:
1- Promessas de retornos altos sobre o capital amortizado, muito acima do que o mercado financeiro tradicionalmente paga, envolvendo operações com ativos altamente complexos e voláteis;
2- Incentivos aos participantes, como pagamento de bonificações, para que indiquem outros “investidores”;
3- Constrangimento aos participantes para que reinvistam os ganhos, de maneira que, ainda que o retorno prometido seja entregue, o investidor não consegue sacar seu próprio dinheiro;
4- Constituição recente da empresa que opera os ativos e promete os ganhos;
5- Falta de registro na Comissão de Valores Mobiliários.
E lembre-se que é impossível ter lucro ao investir dinheiro nesse tipo de esquema. Quem está em níveis mais altos da pirâmide pode até receber algum retorno sobre o dinheiro aplicado (até para conferir ao esquema uma imagem de credibilidade, através de depoimentos a que se dá grande destaque nos canais de divulgação do esquema), mas só quem realmente lucra com essas operações é o dono da pirâmide.
Quem opera esse tipo de esquema comete crime contra a economia popular, estelionato e apropriação indébita, além de possivelmente formação de quadrilha.

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